DIA 654 – ANO III

Início da leitura de “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves. Serão 947 páginas e uma longa viagem perseguindo o relato de uma ex-escrava, resgatado no livro pela escritora mineira e transformado neste impressionante romance. O século XIX diante de seu melhor exemplar literário. Um pouco do Brasil. Em verdade, bastante. Reflexões sobre a escravidão e seus efeitos. O restante do domingo: longas conversas com Elisa Olívia, visita dos avós, lasanha e temporal (as plantas agradecem). Mateus chega amanhã. Hoje nos enviou fotos. Com as amigas, ele se diverte antes do final das pequenas férias da Universidade. Estão diante de um mar cheio de sol e praias de areia fofa. De longe, observamos para que tudo dê certo. Pais e seus cuidados: sempre querendo que os jovens estejam próximos. “Eles vivem” – e pronto. A juventude tem seus desenhos, batidas próprias e uma pegada cada vez mais longe de nós. Vejo seu passeio e não tenho como não lembrar de nossas viagens aos vinte anos. Santa Catarina e o mar. Esse mesmo mar que sempre será um desafio para nossa compreensão: imensidão azul capaz de tantos sentimentos profundos. África/Brasil, Floripa/Rio. Diferentes são os sonhos; o mar está ali, desde sempre o mesmo.

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