O trabalho com os textos dos colegas de escrita aconteceu de forma tranquila. Sempre muito astral reencontrá-los, mesmo que seja em telas de compacto retangular e fundos mais ou menos borrados. Entre os pontos debatidos na leitura da novela “Fraqueza, teu nome”, havia aquele sobre o lugar do escritor homem nos tempos de hoje. A pergunta válida é: será que as leitoras mulheres (a maioria) querem ler histórias narradas por homens canalhas? O consenso: ninguém mais quer ler romances que sejam ofensivos à condição feminina. Nada a ver com censura, apenas o estado atual da sociedade, a degradação moral instaurada pelos donos do poder, esta corja que precisamos combater. Escrever é mergulhar no compromisso com o nosso tempo. “Um copo de cólera” arranhando dentro de nós.